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Copa Truck começa a temporada 2023 neste final de semana em Goiânia. Será a primeira das nove etapas programadas para o ano, com passagens marcadas também pelos autódromos de Interlagos (SP), Londrina (PR), Cascavel (PR) e Tarumã (RS). O campeonato começa e termina na capital goiana.

As largadas estão programadas para este domingo (19) às 11h10 e 11h45, ambas com transmissão ao vivo da Band, SporTV3 e canal oficial da Copa Truck no YouTube. Na TV, as transmissões começam às 11 horas.

Desde 2017, quando da inauguração da Copa Truck, Goiânia recebeu 16 provas da categoria. O maior vencedor é Beto Monteiro, com cinco conquistas. André Marques venceu três vezes, enquanto Roberval Andrade, Felipe Giaffone e Danilo Dirani somam duas vitórias cada. Paulo Salustiano e o atual campeão Wellington Cirino venceram uma vez.

No quesito pole positions, Giaffone ainda não poderá ser alcançado: foram quatro poles, com duas de Andrade, uma de Beto Monteiro e uma de Cirino. Já entre as marcas envolvidas na disputa, Volkswagen e Mercedes-Benz empatam com seis vitórias cada, diante de quatro da Iveco; no número de pole positions, a Iveco domina com quatro poles, enquanto Volkswagen e Mercedes empatam com duas cada.

O circuito de 3.853 metros é seletivo, com trechos velozes seguidos por freadas fortes e contornos mais lentos, e sua reta principal é uma das maiores de todo o calendário, com um quilômetro de extensão. São 12 curvas – sete à direita e cinco à esquerda.

Várias delas exigem desacelerações severas, como elege Danilo Dirani, vencedor de duas provas em Goiânia e que fará sua estreia como piloto da Iveco em 2023. “A Curva 3 é a que mais exige dos freios, porque você chega do Cheirinho, que é uma curva rápida à direita. O caminhão chega ‘pendulado’ (ainda carregando a força lateral da curva anterior), e você tem de usar muito a potência do freio e também o freio motor com a redução das marchas para poder ter equilíbrio do meio para a saída da curva. Então o piloto inicia o contorno ainda apoiando no pedal do freio e vai soltando gradativamente para voltar a ganhar velocidade”, afirma. Na curva que leva para o início da parte mais sinuosa da pista, os caminhões fazem a aproximação a cerca de 175 km/h e o contorno da curva de 180 graus a cerca de 80 km/h. A desaceleração é feita em seis segundos e 180 metros.

Dirani prossegue e explica outro ponto de frenagem importantíssimo para o tempo de volta – e que não é para o contorno de uma curva. “A freada do radar também é muito forte, porque chegamos na reta entre 205 e 210 km/h para quebrar essa velocidade pra 160. Tem que usar toda a potência das pastilhas por pouco tempo, e um pequeno vacilo faz o piloto ‘queimar’ o radar e aí tem que cumprir punição”, ressalta.

Passando pelo radar, os caminhões voltam a ganhar velocidade se aproximam da primeira curva a cerca de 190 km/h. A freada para a primeira curva do circuito é feita a cerca de 200 metros da entrada, e o contorno é feito a cerca de 100 km/h – uma redução de 90 km/h feita em apenas seis segundos, e que gera uma desaceleração de quase 1G.

“O circuito de Goiânia tem como principal fator o de possuir uma das maiores retas do Brasil, que mesmo com o radar de 160 km/h, ainda permite o desenvolvimento de velocidades de até 220 km/h. E para que se alcance essas velocidades, os freios precisam estar ‘em dia’ para fazer essa frenagem mais ‘brusca’ e garantir o contorno seguro da curva 1. As demais curvas, combinadas com o clima quente de Goiânia, irão dificultar o resfriamento do sistema, porém, certamente as pastilhas da Fras-le darão conta do recado e irão garantir a performance, durabilidade e segurança a todos os pilotos”, explica Roger Lusa, engenheiro de aplicação da Fras-le.