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Buscando oferecer as melhores condições possíveis a todos os competidores e devido ao recorde de grid da história (só na etapa de abertura, em Goiânia, são 30 caminhões inscritos), a Copa Truck, juntamente com a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) promoveu mudanças importantes no formato da competição a partir da temporada 2023.

A principal alteração é uma definição mais clara sobre as duas classes presentes. A partir deste ano, a classe principal passa a se chamar Pro, com a Super mantendo as mesmas especificações de sua criação em 2021. No entanto, as duas classes passam a operar em separado tanto em treinos como nas dinâmicas de corridas.

Em cada um dos três treinos livres, cada classe terá 35 minutos para praticar em separado, com a Super sempre acontecendo antes da Pro. A mesma coisa se dá com a classificação, cujo molde segue sendo 15 minutos de Q1 e 10 de Top Qualifying, com a classe principal entrando por último na pista. Caso chova, as duas classes terão 15 minutos apenas de tomada de tempos.

Já na parte das corridas, os grids de Pro e Super largam separados por cerca de 80 metros, com a classe principal na frente. Ao fim da primeira corrida, as duas classes terão a inversão dos oito primeiros no grid e a prova seguinte mantém o padrão de grids distanciados.

“Há alguns anos estamos lapidando um formato ideal e acreditamos que chegamos em uma fórmula boa, que valoriza as duas classes e também auxilia bastante os comissários em suas análises, como o controle de queima de largada e a segurança dos pilotos no início das provas, por exemplo”, comenta Carlos Col, promotor da Mais Brasil Esportes, organizadora do evento.

Outra alteração importante é que tanto o campeão quanto o vice da Super subirão automaticamente para o grid da Pro no ano seguinte. “Essa mudança valoriza ainda mais os pilotos e a própria classe, pois a função da Super é ser uma porta de entrada para pilotos que buscam evoluir profissionalmente na Copa Truck e isso acaba também fazendo com que muitos não se acomodem na Super por conta de suas características como formadora de novos talentos”, ressalta Col.

Na parte técnica, a entrada do projeto hibrido elétrico – o primeiro de três de transição energética já apresentados -, por ser de configurações bem distintas do caminhão a combustão, necessita uma atenção diferenciada. No caminhão em questão, da Volkswagen, está acoplada uma bateria que fornece uma propulsão extra.

“Nós somos apoiadores de projetos que visam a sustentabilidade. Recebemos três projetos já e esse foi o primeiro a sair do papel. No entanto, ele só será autorizado a usar essa propulsão elétrica nos treinos livres no intuito de desenvolver o projeto, sendo proibido de classificar e competir até identificarmos as vantagens que isso pode gerar para ele em detrimento aos outros caminhões. É um desafio no controle de custos e equilíbrio de desempenho entre todos os caminhões, mas uma semente importante que está sendo plantada e certamente trará frutos no futuro”, completa Col.